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25 de Outubro de 2022

Silviano Santiago venceu a 34ª edição do Prémio Camões

[foto: Divulgação]

No seguimento da reunião do júri da 34ª edição do Prémio Camões, que decorreu no dia 24 de outubro nas instalações da DGLAB, o Prémio Camões 2022 foi atribuído a Silviano Santiago.
Segundo o júri, “Silviano Santiago, além de escritor com uma obra literária com vários prémios nacionais e internacionais (Jabuti, Oceanos, etc.), é um pensador capaz de uma intervenção cívica e cultural de grande relevância, com um contributo notável para a projeção da língua portuguesa como língua do pensamento crítico, no Brasil e fora dele (nos países ibero-americanos, africanos, nos Estados Unidos e na Europa).”
Sobre o escritor distinguido, o ministro da Cultura destaca o “perfil de intelectual interventivo, com uma visão ampla e abrangente sobre o que é a Cultura, materializada em reflexões sobre múltiplos domínios, desde Machado de Assis aos estudos culturais, Caetano Veloso e o tropicalismo”. Para Pedro Adão e Silva, “o Prémio Camões, sendo um prémio de consagração, tem o mérito de estimular o interesse pela literatura em língua portuguesa, fomentar o reconhecimento mútuo e incentivar à leitura dos autores da lusofonia para além das fronteiras do país de origem do

Nota biográfica
Silviano Santiago é ensaísta, romancista e contista. Nasceu em 1936, em Formiga, Minas Gerais, Brasil.
Bacharel em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais, 1959.
Diplomas de primeiro e segundo ano de especialização em Literatura Francesa (bolsista da CAPES). Centre d`Études Supérieures de Français, Rio de Janeiro, 1960 e 1961.
Doutor em Letras francesas pela Universidade de Paris (Sorbonne), em 1968, com tese sobre Os Moedeiros Falsos, de André Gide.
Silviano Santiago já recebeu numerosos prémios, destacando-se o Jabuti 2017, e o Prémio Oceanos em 2015, e o segundo lugar do Prémio Oceanos em 2017.
Em 2000 e 2012 integrou o júri do Prémio Camões pela parte brasileira.

Sobre o Prémio Camões
O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.
O júri da 34ª edição do Prémio Camões foi constituído por Abel Barros Baptista, Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa (Portugal); Ana Maria Martinho, Professora Associada na Universidade Nova de Lisboa (Portugal); Inocência Mata, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas (S. Tomé e Príncipe); Jorge Alves de Lima, membro da Academia Paulista de História e da Academia Campinense de Letras, e membro do Conselho Científico do Centro de Memória da Unicamp (Brasil), eleito presidente deste júri; Raúl Cesar Gouveia Fernandes, Professor Adjunto do Departamento de Ciências Sociais e Jurídicas do Centro Universitário FEI, em São Bernardo do Campo (Brasil); Teresa Manjate, Professora Associada, docente e investigadora na Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique).
O Prémio Camões foi já atribuído, por ordem cronológica, a Miguel Torga (Portugal), João Cabral de Mello Neto (Brasil), José Craveirinha (Moçambique), Vergílio Ferreira (Portugal), Rachel de Queiroz (Brasil), Jorge Amado (Brasil), José Saramago (Portugal), Eduardo Lourenço (Portugal), Pepetela (Angola), António Cândido (Brasil), Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal), Autran Dourado (Brasil), Eugénio de Andrade (Portugal), Maria Velho da Costa (Portugal), Rubem Fonseca (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Lygia Fagundes Telles (Brasil), Luandino Vieira – recusado (Angola), António Lobo Antunes (Portugal), João Ubaldo Ribeiro (Brasil), Arménio Vieira (Cabo Verde), Ferreira Gullar (Brasil), Manuel António Pina (Portugal), Dalton Trevisan (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Alberto da Costa e Silva (Brasil), Hélia Correia (Portugal), Radouan Nassar (Brasil), Manuel Alegre (Portugal), Germano Almeida (Cabo Verde), Chico Buarque (Brasil), Vítor de Aguiar e Silva (Portugal), Paulina Chiziane (Moçambique).

Esta notícia foi publicada em 25 de Outubro de 2022 e foi arquivada em: Prémios.